Ayahuasca
Santo Daime é um chá enteógeno, originário da floresta Amazônica. Durante milhares de anos, a bebida foi utilizado pelos povos nativos da floresta Amazónica, tanto em cerimônias espirituais quanto em práticas xamãnicas e terapêuticas. O chá de cor morena e de gosto amargo é conhecido por vários nomes: yagé, nepe, kabi, natema, hoasca, e ayahuasca. Este último nome vem da antiga língua Quechua, e significa 'Vinho das Almas'.
Os enteógenos
A ayahuasca faz parte da família dos enteógenos. Um enteógeno é uma substância que torna o utilizador mais próximo de Deus e de seus entidades divinos. Outras plantas enteógenas conhecidas são o peyote, o San Pedro, certos cogumelos, e certas plantas Africanas como a raiz Iboga. Desde milhares de anos, são conhecidas entre os xamãs para as suas informações preciosas, e para o seu poder de abrir o caminho ao mundo espiritual. Os enteógenos, utilizados tradicionalmente como alimento espiritual num contexto ritual, servem para alargar a consciência e assim alcançar a Divindade.
Cura
Para a maior parte, o desejo de cura é a primeira motivação beber o chá. Pela ayahuasca e os meios capazes de trabalhar com esta força, pessoas são curadas de dependência à droga, o câncer, traumatismos emocionais e outras doenças graves. Uma cura mais comum é a purificação de idéias fixos e comportamentos que deixam de ser benéficos à uma certa pessoa. Às vezes, a cura é associada a uma purificação física, pela qual o individu vomita o chá. Este fenómeno demonstra igualmente que o corpo humano não aceitará mais ayahuasca que pode utilizar.
Jagube & Rainha
A preparação da ayahuasca faz-se combinando o cipó 'Jagube' (Banisteriopsis Caapi) com as folhas do arbusto chamado 'Rainha' (Psychotria Viridis). Estes dois ingredientes são fervidos juntos durante várias horas, à fim de liberar as suas substâncias ativas. Enquanto a folha do Rainha contem naturalmente a substância psicoactiva DMT (dimethyltriptamine), o cipó do Jagube do seu lado contem MAOI (harmine, harmaline), que juntos produzem o efeito espiritual conhecido. O jagube é considerado pelos xamãs como a alma do chá, o guia ao fio da experiência.
Revelação
A história conta, que durante a invasão Espanhola no Perú de 1532 para 1534, o príncipe Inca Hayauasca conduziu esta ciência na floresta Amazónica e a propagou em numerosas tribos indíginas. Só foi muito mais tarde, pela urbanização constante do Brasil, que o chá voltou á superfície no mundo urbano. Assim, no início do vigésimo século, um seringueiro de origem Africana, nomeado Raimundo Irineu Serra, fez amizade com xamãs Peruanos que lhe indicaram este chá, conhecido na região sob o nome de ayahuasca.
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